quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gig 31/01/2010



Estaremos presentes na gig do dia 31/01 no Serv Car Universitário,distribuindo a versão física da zine! Apareçam!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bicicletada Guarapuava

Após um longo hiato, de cerca de 6 meses ou mais, a bicicletada Guarapuava ira voltar, em época aonde filhos da cidade voltam ao seu lar, e podem participar do evento, já que os membros da cidade em si são poucos os que participam, não mais que 10 ou 12. Aí está o flyer feito pelo píui:




Como diz no flyer ela será dia 23 uma quarta-feira, as 17 horas (provalvelmente as 18 hahaha) saindo da rua Xv de Novembro, esperamos a todos, que leiam isso, e estejam na cidade no dia lá, para assim fazer se ouvir o grito da bicicletada. Se encontramos lá.

Entrevista teu pai já sabe?

Em nossa primeira postagem, trazemos uma entrevista com a banda de queer core curitibana teu pai já sabe?, em entrevista realizada com o vocalista Carlos (Mamá). Vamos logo parar de explicações e ir ao que interessa:


 Morto- Como surgiu a banda, e de onde veio a idéia da montar ela? E quais são os integrantes e o principal mensagem a ser repassada por ela?  
Mamá-Bom, a banda sempre foi um projeto de longa data que eu tinha. Ela saio do papel no dia em que eu encontrei o Hugo ( baterista ) numa boate daqui, e ficamos conversando sobre o Gayohazard,e outras bandas na temática queer, e ele disse que precisávamos montar uma banda assim, na linha de pensamento do Limp Wrist, Tribe 8,  pansy division e eu disse que seria meio difícil devido á sermos em poucos na Cidade, depois conversando com o Lipe ( baixista ) ele disse que tava fazendo umas aulas e que toparia muito....aí só faltava o guitarrista, e aí rezamos pra Madonna, e apareceu do inferno o sete metros, que abraçou a vaga com o maior prazer.Hoje somos a mesma formação de sempre,e acho que  perderia um pouco do espírito da banda se tivéssemos que mudar alguém...Somos: Mamá cantarolando, Felipe nos baixos,Sete metros guitarras e fervos nos shows,e Hugo na bateria. Quanto ao lance das letras e mensagem a ser passada, tentamos ser o mais sarcástico possível nas letras, e na forma de conduzir os shows, sempre brincamos, falando besteiras, cantamos os gatinhos, e passamos o que queremos de uma forma legal, positiva e nada panfletária cheia de clichês chatos.
 
Morto- Quem compõe as musicas? E de onde vocês tiram as suas influencias tanto musicais na questão instrumental como na de letras? 
Mamá- Bom, a maioria das letras são minhas, confesso não sou um bom letrista..hahahah, mas a idéia é de ser algo bem simples então, cabe bem assim..mas todo mundo pode palpitar na banda, não temos um líder, nem seguidor algum..então..todo mundo fala, apita,da pití...hahaha. nossas influências musicais são muitas: Gorilla Biscuits, Limp Wrist, Pansy Division, Los Fastídios, Nerds Attack, No Violence, O Inimigo, entre outras....



Créditos: Raffaela


Morto-Como foi a reação da sociedade, e a reação dentro da cena, pois existem lugares aonde o queer core é desconhecido pela maioria, em ver uma banda lutando ativamente em suas letras e atitudes contra a homofobia, e se essa reação atrapalhou vocês em algo? E se houve muitas discriminações em razão disso? 
Mamá- Então,de início foi sempre positivo,claro que muita gente mete o pau, fala merda da gente, e não aceita o fato de sermos queers e termos bandas, e tocarmos punk rock/hardcore, masa parcela desse povo é tão pouco que nem ligamos muito não. Se não gostam, não apareçam nos shows. Eu também acho que muito mais que ter banda e ser gay, o que incomoda mais é o fato de alguns de nós sermos sxe, por exemplo...já chegou nos nossos ouvidos coisa do tipo: caralho,nada a ver ele ser sxe gay..e bla bla...eu acho isso incrivelmente burrinho. Eu acho que as vezes também atrapalha um pouco, pois são poucas pessoas que querem botar a cara no cenário trazendo um abanda gay, por exemplo, por medo de ficar falado e tudo mais...então, parabéns para aqueles que lutam e batem de frente com isso, e se assumem pró-gays, coisa que no mínimo isso é ser coerente com o que acredita, não acha??


Morto-Mamá, você acha que o hard core underground tanto brasileiro, quanto o paranaense, vem crescendo, não somente em número de pessoas e bandas, mas também em questão de tipos de musicas diferentes, ou você acha que isso está se restringindo cada vez mais?
Mamá:Olha Morto,eu acho que hoje em dia cresceu muito sim, mas perdeu muito do espírito punk de antigamente, muita coisa se perdeu, a força de vontade agora nem precisa ser tão grande, poiis tá tudo formatado e pronto pra baixar em qualquer página....antigamente era tudo mais marginalizado, clandestino, perigoso, e sendo assim, gratificante demais a cada conquista, entende? Quando gravei pela primeira vez na minha vida com uma banda foi com um radinho a pilha, do lado de fora do quarto do meu amigo, a outra vez mixado pelo guardinha que cuidava do lugar, que nem era estúdio,mas tinham uma aparelhagem com uma mesa que oferecia gravação em k7, sabe...era tudo muito complicado de ter, fitas, discos,cds nem existia, era só correspondências, milhares delas, amigos de tudo quanto é canto...sei lá, acho que tive sorte de conhecer o punk por volta de 87....talvez seja por isso que eu pense assim, mas acredito que nem tudo está perdido, e muita gente legal agora está lutando para uma cena sincera sim. Eu só acho que hoje em dia se criaram muitas facções, muito mitos, mentiras, gente falsa dentro do punk, assim como em tudo quanto é canto....hoje rola mais tolerância, e respeito com gente que não que destrói a cena aos poucos.

créditos: não sei quem, mas se ver se manisfesta que eu peguei do orkut do mamá, disculpa-me

 
morto-Agora vou dar uma de Maria gabriella eu digo uma palavra e você meio que fala o que lhe vem a cabeça  
mamá-hahahahahah...adorei.
Veganismo - ética, estilo de vida, escolha por liberdade humana e animal.
Homofobia - ui, meda. Coisa mais demodê...prefiro anarquia.
Hard core -  Atóóóron, minha vida!
Straight edge - Punk que não bebe e nem se droga..ponto final


 
morto -Qual foi o melhor Lugar  que vocês já tocaram? E se existe algum que é o sonho de vocês tocarem? 
Mamá- É difícil responder isso,pois cada show é mais foda que o outro...adoramos ter tocado em sp, e também um que fizemos no Kroeg Bar aqui, todo mundo cantando junto, foi lindo..nos sentimos o Against Me gay...hahahahha.Bom, acho que tocar lá fora seria algo bem interessante.quem sabe um dia, né?


morto-E eu li em algum lugar sobre o marinheiro um coletivo do qual hoje todos os integrantes faziam parte e tinha um zines e camisetas. Você poderia falar sobre ele, e sobre a cena de queer core em Curitiba? 
mamá- Então,projeto o marinheiro é um projeto de luta contra homofobia dentro da cena, ele se iniciou faz alguns anos, aliás, muito anos atrás, depois deu um aparadinha básica, mas agora estamos retornando com força total..fazendo shows, e arrecadando dinheiro para poder por em pratica as atividades normais dele. Distribuímos panfletos nos shows, cartazes são colados,falamos bastante sobre a questão do preconceito dentro do punk,e a idéia basicamente é essa. A cena aqui vem crescendo bem até....aparece sempre gente diferente nos shows, uns vem nos perguntar sobre a banda, dizer que já ouviram, mas ainda assim o meio gay ainda é bem maior no mundo mais estético da coisa, e precisamos ir mudando isso aos poucos...maior divulgação sobre o queer dentro dele, entende??

morto-sim sim....

Agora se quiserem deixar alguma mensagem, se há algo para dizer, que deixou de ser dito, e eu fico muito grato pela entrevista: 
Mamá- Mortito,primeiramente agradecer por vocês pela oportunidade, podem ter certeza que o que estão fazendo é algo que acaba atingindo pessoas, que as fazem repensar,agir de maneira diferente, e refletir sobre a homofobia incubada dentro de todos nós....ou seja, isso é ser punk na minha visão.Outra coisa é dizer o nosso material é totalmente livre, podem
reproduzir, presentear para os amigos, vender por um preço honestos para reverter para algum coletivo. Nosso intúito não é ganhar dinheiro com a banda, por isso tentamos ser o mais livre com ela. Deixamos de lado toda forma lucrativa de manter banda, toda banda manipulada ou dirigida por uma só pessoa, tolerância e respeito não pode ser confundido com incoerência, e hipocrisia. No mais é isso...beijo me liga!

alguns links da banda:


  Comunidade do Orkut
 Fotolog 
myspace





agradecendo a todos que leram o nosso primeiro post, ao mamá por dar essa ajuda pra gente e força sempre a todos